Depressão trocantérica: saiba como corrigir

A expressão “depressão trocantérica “ embora não muito conhecida, refere-se a uma condição razoavelmente comum. Consiste em uma perda de gordura na face lateral da coxa, próxima ao glúteo, na altura da articulação do fêmur com o quadril. A extremidade do fêmur tem o nome de trocanter, daí o nome da depressão trocantérica.

Essa depressão no quadril, mais frequente em mulheres, pode ser bastante vísivel e causar muito incômodo. Isso porque ela causa um aspecto quadrado e irregular em uma área que deveria ser arredondada e que está relacionada com a sensualidade feminina, causando graves prejuizos na autoestima. Mas apesar disso, essa perda das curvas não tem qualquer impacto funcional ou físico nos pacientes, é uma alteração puramente estética.

 

Exercícios amenizam a depressão trocantérica?

 

Exercícios aumentam o volume muscular, mas não agem na causa da depressão trocantérica. Pelo contrário, exercícios intensos provocam a perda de gordura corporal, a principal causa do desnível na região dos quadris. Por isso, é muito comum que mulheres atletas apresentem esse tipo de acometimento. Exercícios como o agachamento e levantamento de pesos podem aumentar os glúteos e os músculos da coxa, deixando o corpo um pouco mais arredondado.

 

Qual o procedimento indicado para depressão trocantérica?

 

O melhor procedimento é o simples preenchimento com material injetável, neutro, que forneça um volume suficiente para reduzir ou fazer desaparecer a depressão trocantérica.

 

Muitos materiais, além de preencher, ainda contribuem para melhorar a qualidade da pele no local, tratando flacidez e possíveis celulites. É o caso do preenchimento com PMMA ou polimetilmetacrilato.

 

O que é polimetilmetacrilato ( PMMA)?

 

O PMMA é um preenchedor definitivo e um potente estimulador do colágeno. Esta substância se dilui no músculo glúteo tornando-se imperceptível e favorecendo, depois de um ou dois meses da aplicação, um aumento de volume. O efeito é semelhante ao que ocorre com outros estimuladores de colágeno como o Sculptra, Radiesse e Ellansé, mas estes têm a duração de um ano apenas. O PMMA tem a vantagem de não necessitar novas aplicações antes de cinco anos.

 

 

Como é feito o preenchimento com PMMA?

 

O procedimento é bem simples e pode ser realizado no próprio consultório do dermatologista.

 

Inicialmente, uma solução anestésica diluída é aplicada, de maneira subcutânea e intramuscular, em toda a região a ser tratada. Por ser uma região livre de vasos, artérias, veias, e nervos, a aplicação é bastante segura e indolor.

 

Depois da anestesia fazer efeito, inicia-se a introdução do produto através de uma cânula – uma agulha que não possui ponta cortante – portanto, sem riscos vasculares.

 

A quantidade para cada lado varia de 3 a 6 ml de produto, dadas as dimensões da área a ser tratada.

 

O PMMA é um produto seguro aprovado pela ANVISA. Os resultados desejados são alcançados com apenas uma única aplicação. Além de reduzir a depressão no quadril, também estimula o colágeno, conferindo resultados imediatos de preenchimento e de melhora da qualidade da pele com o passar dos meses subsequentes.

 

Quais os cuidados pós-procedimento?

 

O pós procedimento é muito tranquilo. Pode haver algum incômodo de dor no máximo por três dias. Deve-se evitar atividade física por quatorze dias, especialmente envolvendo a região. No entanto pode-se andar e desenvolver atividades normais do dia a dia.

 

Existem outros tratamentos complementares?

 

Alguns pacientes podem precisar de mais aplicações com o mesmo produto bem diluído na região do subcutâneo para tratar possíveis depressões, celulites, cicatrizes. Essa complementação já está prevista no tratamento.

 

As vantagens do PMMA são muitas:

 

Diferente das aplicações de silicone industrial ou hydrogel, o PMMA permanece encapsulado no local onde foi inserido e não sofre deslocamentos. Também apresenta vantagens por ser menos invasivo que as próteses, por exemplo, que necessitam de renovação depois de alguns anos e ainda ficam aparentes devido a complicações ou simplesmente quando o paciente realiza certos movimentos.

 

Além disso apresenta os seguintes benefícios:

 

 

  • Possui valor mais acessível comparado com o ácido hialurônico
  • É um preenchedor definitivo, não sendo necessário reaplicações de tempos em tempos
  • É uma substância comprovadamente segura
  • Minimamente invasivo, ou seja, não é necessário internação, anestesia geral, cortes nem deixa cicatrizes
  • Possui tempo de recuperação mínimo.

Riscos ou complicações com o PMMA

Segundo estudo publicado pela FDA, orgão público nacional de saúde norte-americana, o índice de complicações com o uso do PMMA é menor que 1%. O número foi calculado a partir de uma base de dados com 3.782 casos de efeitos adversos registrados entre 1993 e 2014 envolvendo os quatro preenchedores mais tradicionais do mercado.

Ainda de acordo com o orgão, os preenchedores que apresentaram maior número de casos de complicações foram: ácido hialurônico, com 44%, seguido do ácido polilático, com 40%, hidroxiapatita de cálcio, com 15% e, em último lugar, o PMMA, com incidência menor que 1%.

Outra conclusão importante, feita a partir da análise dos dados da pesquisa feita pelo FDA, é que embora as complicações com preenchedores em geral sejam pouco frequentes, frente ao crescimento do número de procedimentos realizados, é importante aplicá-los com profissionais médicos experientes e treinados para reconhecer  possíveis complicações e saber como conduzi-las apropriadamente.

Confira na íntegra a publicação a respeito da pesquisa realizada pelo FDA, Food and Drug Administration,aqui.

Ficou interessada no procedimento? Quer saber se tem indicação para fazer esse tipo de preenchimento? Agende uma avaliação conosco e conheça este e outros tratamentos estéticos para melhorar a qualidade da sua pele.

 

 

 

 

 

 

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